
Viver Não É Apenas Deixar De Morrer
Olhando para o que é oferecido para os segmentos de pessoas com mais de 50 anos, parece que todos que chegam nessa idade não têm mais direito a ter prazer.
Antes de mais nada, a ressalva é mais que necessária: segmentos de pessoas com mais de 50 anos. Sim, vários segmentos. Até na faixa de 40 anos. A barra está descendo cada vez mais. Mesmo que sejam todos enquadrados dentro da mesma visão, muitas vezes preconceituosa, existem, da mesma maneira que nos públicos mais jovens, diversos grupos de pessoas com mais de 50 anos.
Se ficarmos só na classificação etária, é evidente que quem tem 50 é diferente de quem tem 70. Ou noventa. Mas a grande diferenciação está no comportamento, nas atitudes, nos interesses, nos prazeres.
E o prazer que eu cito aqui é muito mais amplo que o prazer sexual apenas. Falamos do prazer dos encontros, dos momentos, dos sabores, dos perfumes, das realizações. O sexual, este até que aparece eventualmente, mas ainda assim por uma trilha errada: a da garantia medicinal de performance.
Quando é no setor alimentício primeiro vem os aspectos funcionais, que melhoram ou evitam algo diretamente relacionado à saúde. E tome de Omega 3, 6 e antioxidantes associados a probióticos que vão evitar que eu fique doente.
Parece que sabor e tudo mais que remeta a apettite appeal (ou o desejo de comer proporcionado pela imagem da comida) não é importante. Como se a única coisa que importasse fosse aquilo que vai nos distanciar da morte.
Viver não é apenas deixar de morrer.
Viver é desejar. É o desejo que nos move adiante. E o desejo está diretamente associado à satisfação, ao prazer proporcionado pela conquista do desejado. Pelo que desejamos, pagamos mais, nos movemos, trocamos com os amigos, esperamos, fazemos loucuras até.
Então, por favor, valorizem os nossos desejos.
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